quarta-feira, 21 de agosto de 2013

HOMILIA DIÁRIA


A inveja é um mal a ser combatido
A inveja causa tristeza em nós, gera dentro de nós sentimentos negativos. Começamos a querer o mal do outro, a falar mal dele. A inveja é um mal a ser combatido.
“Então o patrão disse: ’Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos” (Mt 20,15-16a).
Veja as parábolas que Jesus nos conta sobre os trabalhadores da vinha, na qual o proprietário mesmo paga para seus trabalhadores um salário igual, tanto para o que começou a trabalhar cedo quanto para aquele que veio no meio do dia e para aquele outro que veio no final da tarde. Olhando assim, o que chegou no final do dia foi mais favorecido do que aquele que começou a trabalhar cedo.
A pergunta é: O senhor da messe, proprietário ou administrador, foi injusto com alguém? Óbvio que não, pois ele pagou a cada um aquilo que havia combinado com eles. No entanto, se ele resolveu ser mais generoso, nós não podemos ter inveja da generosidade dele, mas nos conformarmos em receber aquilo que nos foi prometido, aquilo que foi combinado.
O senhor resolveu ser generoso e dar um carinho igual a todos. Nos critérios humanos, isso se chama injustiça, mas nos critérios de Deus se chama bondade e misericórdia.
Infelizmente, nós temos um coração movido pela inveja. Se nós não ficássemos sabendo que aquele homem ganhou o mesmo tanto, talvez nem nos importássemos com isso. Mas quando sabemos que alguém recebeu uma gratificação, um elogio, uma bênção ou uma graça, ao invés de nos alegrarmos com o bem do outro, nós nos entristecemos. Aí está o mal.
A inveja causa tristeza em nós, gera dentro de nós sentimentos negativos. Começamos a querer o mal do outro, a falar mal dele. A inveja é um mal a ser combatido.
Que a misericórdia de Deus possa chegar a todos os corações. E não importa o tamanho da generosidade, o que importa é que o Pai sabe o carinho, o amor, o afeto que cada um dos Seus filhos merecem. E se há pessoas que chegam no Reino dos Céus depois de nós, não há problema. O que nós não podemos é deixar que a inveja mate a graça de Deus que está em nós.
A inveja é maligna, destrói o Reino de Deus em nós. Que nós possamos combatê-la com toda a força do nosso coração.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Evangelho do dia (Mt 19,16-22)

Evangelho do dia (Mt 19,16-22): O jovem se aproxima de Jesus perguntando-lhe sobre o que deve fazer de bom para obter a vida eterna. Sua pergunta manifesta sua compreensão de que a vida eterna é um bem a ser possuído à medida que se faça algo bom. Com sua resposta, Jesus o ajuda a ultrapassar essa compreensão. Um só é o bom, responde Jesus. Em outras palavras, Jesus afirma que a vida eterna não é merecimento do ser humano por aquilo que faz de bom, mas dom gratuito da bondade do Pai. Na lógica do jovem, bastava observar os mandamentos, viver fiel à Lei. No entanto, é preciso ir além disso. Não basta apenas a observância da Lei, por mais fiéis que sejamos. Falta uma coisa, diz Jesus. Falta ter um coração centrado em Deus, tê-Lo como o bem absoluto de nossas vidas. Jesus vincula a perfeição à disposição de desprender-se de todos os bens materiais para encontrar em Deus o verdadeiro tesouro. Decorre disso, porém, necessariamente, a solidariedade com os pobres. Compreendendo melhor, é preciso ter um coração livre para viver, na radicalidade, o amor a Deus e o amor ao próximo como o único mandamento, desprendendo-se dos bens deste mundo para encontrar Deus como bem supremo e solidarizando-se com os mais pobres. São atitudes que nos abrem o coração para acolher a gratuidade da vida eterna que Deus nos quer dar em sua bondade. Sejamos mais desapegados dos bens materiais, capazes de dizer não ao consumismo, moderados nas nossas necessidades, porque buscamos um tesouro no céu. Sejamos mais solidários com os irmãos, abrindo-nos à partilha com os mais pobres. Esse é o modo de proclamar Deus como absoluto em nossas vidas.
Segunda-feira, 19 de agosto de 2013.

domingo, 18 de agosto de 2013

“Eis que estou à porta...


“Eis que estou à porta, e bato; se

 alguém ouvir a minha voz, e abrir a

 porta, entrarei em sua casa, e com 

ele cearei, e ele comigo” (Ap. 3:20).
O texto acima é conhecido por muitos, mas nem todos percebem que essas palavras de Jesus não são dirigidas a um incrédulo, mas a uma igreja, a igreja em Laodicéia. É importante lembrar dessa obervação. Mas, além disso, gostaria de chamar sua atenção para outro fato, que também precisa ser lembrado: Jesus está a porta e bate, mas há distintas formas de recebê-lo, há diferentes formas de abrir essa porta. Ou seja, cada pessoa que abre a porta para receber Jesus pode fazer isso com diferentes intenções.
Costumo dizer que há quem queira receber Jesus apenas para tomar um café, para um almoço ou para um jantar. Para tal pessoa, Jesus seria uma companhia agradável, alguém bom para conversar, que oferece esperança, consolo, paz etc.. E nada mais. Não teria uma influência maior sobre a vida dessa pessoa.
Há quem queira receber Jesus como hóspede. Nesse caso, Jesus causaria certa mudança no dia-a-dia dessa pessoa. A presença de um hóspede pode mudar a rotina de uma casa, causar alterações no comportamento dos moradores, implicar em custos financeiros etc.. Neste caso, Jesus não faria mais do que formar uma nova agenda e mudar de certos hábitos.
Por fim, há quem receba Jesus não para um café, e nem como um hóspede, mas como o dono da casa, o Senhor. Neste caso, tal pessoa entrega a Jesus as chaves e a escritura da casa e assim, deixa de ser dono, e passa a ser servo. Passa estar à completa disposição do novo Dono, o Senhor Jesus. Isso é muito mais do que uma mudança de rotina, ou a alterações de certos hábitos. Isso implica em uma mudança total de direção: uma conversão.
Contudo, antes de abrir a porta é preciso que uma coisa fique clara: Jesus só entra para ser Senhor. É para isso que Ele bate à porta. Foi para isso que Ele morreu e ressuscitou: “Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” (Rm. 14:9).
Jesus só entra para ser Senhor. E nós, como servos, estamos à disposição d’Ele para tudo o que for necessário na reforma que Ele começou a operar em nós, pois “aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la” (Fp. 1:6).
Estejamos completamente entregues ao nosso
Senhor, e assim Ele seguirá com sua obra em
nós.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013