quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cientistas descobrem gene que deixa mulheres felizes


Mulher feliz após fazer exercícios. Gene desempenha papel na felicidade, mas só na das mulheres.

Versão mais branda do gene MAOA favorece ação de neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e motivação - mas só nas mulheres

O que faz uma mulher feliz? Segundo um grupo de cientistas americanos, parte da resposta para essa pergunta está no gene chamado monoamine oxidase A (MAOA). Um estudo feito com 345 homens e mulheres descobriu que variações desse gene interferem na ação dos neurotransmissores serotonina e dopamina, responsáveis pela sensação de prazer e motivação. O resultado foi publicado no periódico Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry.
CONHEÇA A PESQUISA


Título original: The MAOA gene predicts happiness in women


Onde foi divulgada: periódico Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry


Quem fez: Henian Chen, Daniel S. Pine, Monique Ernst, Elena Gorodetsky, Stephanie Kasen, Kathy Gordon, David Goldman, Patricia Cohen 


Instituição: Universidade de Colúmbia, Universidade do Sul da Flórida e Instituto Nacional de Saúde dos EUA


Dados de amostragem: 193 mulheres e 152 homens adultos


Resultado: o gene monoamine oxidase A (MAOA) interfere na felicidade das mulheres, mas não na dos homens. Mulheres que têm uma versão mais branda do gene são mais felizes.
Existem duas versões do MAOA, uma delas mais ativa que a outra. Ao analisarem o DNA e os depoimentos de 193 mulheres, os cientistas das universidades de Columbia e do Sul da Flórida e do Instituto Nacional de Saúde dos EUA verificaram que aquelas que possuíam a versão mais branda do gene eram mais felizes.
Os pesquisadores explicam que este gene atua na quebra dos neurotransmissores. Assim, sua versão mais branda permite que a serotonina e a dopamina permaneçam mais tempo no corpo. Já sua versão mais ativa elimina mais rapidamente os hormônios responsáveis pelo bem estar.
"Este é o primeiro gene da felicidade para as mulheres", diz Henian Chen, principal autor do estudo e professor associado do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade do Sul da Flórida. "Fiquei surpreso com o resultado, porque a baixa expressão de MAOA já havia sido relacionada a agressividade, alcoolismo e comportamento antissocial. Mas, pelo menos para as mulheres, o nosso estudo aponta uma influência benéfica."

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