sábado, 16 de março de 2013

A GUERRA CONTRA OS VALORES


Talvez não estejamos suficientemente atentos ao desmoronamento de valores ao nosso redor. Instituições afundam, mais de dentro para fora do que de fora para dentro, solapa-se a autoridade, passa-se por cima das leis, estampam-se números e pesquisas de opinião para provar que há um novo valor em curso, juízes não são ouvidos, protelam-se decisões, recorre-se indefinidamente a recursos jurídicos para escapar à aplicação da lei, mesmo com provas cabais e contundentes. Os mais ricos ou os alinhados ao grupo de poder raramente são punidos. Descobriram a eficácia do verbo adiar.
Leis que permitam a compra de camisinhas na lanchonete do colégio, leis em favor da maconha, da descriminalização do uso de drogas, ´proposta permissão da maconha enquanto se proíbe o cigarro, proibição de imagens de crianças na Internet enquanto cenas de novelas e filmes escancaram nudez e erotismo em horário nobre, pais que permitem à filha adolescente dormir com o namorado em casa, gente que simplesmente vai embora do casamento, da igreja, do partido pelo qual se elegeu, do grupo religioso, do clube, do emprego que lhe foi dado pelo patrão amigo, ingratos que não se sentem devedores a ninguém, nem mesmo a quem lhes deu a riqueza de hoje, tudo isso aponta para uma nova transvaloração: isto é: o que ontem valia não vale mais. Vale o indivíduo e seu direto supremo à felicidade. Hino à transvaloração é a canção de Bob Dylan The times, they are a changing.” No seu recado a pais, clero, congressistas , ao velhos, fica claro que os valores de ontem não servem mais.

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